Rebelião de vereadores pode provocar atraso em obras do Município

A solicitação de urgência na votação do pedido de suplementação de R$ 11 milhões encaminhado à Câmara Municipal pelo prefeito Alencar Marim (PT), de Barra de São Francisco/ES, foi negado na manhã desta quarta-feira, 17, pela maioria dos vereadores, durante sessão extraordinária.

O valor solicitado, segundo justificativa do Executivo, seria utilizado para tocar as obras autorizadas pelo Governo do Estado recentemente, além de garantir a manutenção de diversas atividades da prefeitura municipal, como transporte escolar para o início das aulas em fevereiro próximo.

O líder do prefeito, vereador José Valdeci (PT), solicitou que a suplementação fosse apreciada em regime de urgência e votada durante a sessão, mas os vereadores que compõem o Grupo do Povo, que faz oposição ferrenha ao prefeito, votaram contra o pedido, frustrando os planos do Executivo.

O Grupo dos Sete é formado pelos vereadores Admilson Brum (PRP), Wilson Pinto das Mercês, o Mulinha (PDT), Paulinho dos Hospital (PV), Emerson Lima (DEM), Zilene Valli (PMD), Juvenal Calixto Filho (SD) e Huander Bofe (PSB), sendo que este último não estava na sessão.

Os votos favoráveis ao pedido de urgência foram dos vereadores Alemão de Paulista (PSD), Zilma Matos (PT), Zé Valdeci (PT), Teco Ferreira (PSD), Rafael da Saúde e Jonsecler Honório (PMDB), que apesar de ser o presidente da câmara, nos casos que exijam dois terços para aprovação ele também vota.

Com a negativa do pedido de urgência a decisão sobre a suplementação fica para fevereiro. Isso atrasará a retomada de obras de calçamento na Vaquejada e no Distrito de Cachoeirinha de Itaúnas com verbas repassadas pelo governo, mas que precisam ser incluídas na peça orçamentária.

Repercussão

“O andamento de obras e serviços no Município pode ser comprometido, porque um grupo de vereadores decidiu se rebelar contra o prefeito de Barra de São Francisco/ES, a ponto de rejeitar o pedido urgência na votação da suplementação orçamentária feito por ele à Câmara Municipal”.

A reclamação é de um empresário local que acompanhou a sessão, e que pede para não ser identificado por medo de retaliações. Segundo ele, a atitude dos vereadores que formam o grupo contra o prefeito está preocupando a sociedade organizada, principalmente as lideranças empresariais.

“Parte desse grupo foi responsável pela farra das diárias no passado, mas agora decidiram agir contra o desenvolvimento do Município, que estava quebrado, sem certidões negativas e sem poder receber recursos de convênios. Agora que o problema foi sanado, eles tentam atrapalhar”.

Segundo o empresário, há uma grande chance de o Município voltar a crescer, mas essa expectativa encontra obstáculo na atitude dos vereadores rebelados. “Eles se intitulam Grupo do Povo, mas estão é trabalhando contra o povo, movidos por interesses pessoais”, salienta ele.

Nota enviada pelo vereador Mulinha:

“Ninguém fala que o prefeito além de mandar uma nota explicativa pela metade, enviou um projeto totalmente errado, onde no mesmo projeto de solicitação de suplementação ele envia um pedido de convênio entre APAE e município o que é errado, pois são projetos distintos e que de acordo com a lei tem de enviar em separado. E caso fosse aprovado da maneira enviada o projeto se tornaria ilegal. E sem contar que no dia 27/12 liberamos um orçamento no valor de mais de 105 milhões para o executivo. Não temos culpa se ele contrata uma empresa irresponsável que preparou um orçamento mal elaborado e cheio de pegadinhas para enganar os vereadores. Gato escaldado tem medo de água fria e derrubamos a urgência Especial unicamente para recebermos mais informações e ver se realmente é necessário suplementação solicitada, pois foi liberado mais de 4 milhões para Secretaria de obras e da muito bem para iniciar as obras que governo liberou.”

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